Laboratório Metuia
O Núcleo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) do Projeto METUIA reúne professores, pesquisadores, profissionais, alunos de graduação e de pós-graduação em torno das temáticas da formação, da pesquisa e da atuação em Terapia Ocupacional Social.
O METUIA - palavra indígena de origem bororo, que significa amigo, companheiro - foi criado em 1998, por docentes da área de terapia ocupacional da Universidade de São Paulo (USP/Campus São Paulo), da UFSCar e da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente, são quatro os núcleos do Projeto METUIA: USP, UFSCar, UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) e UFES (Universidade Federal do Espírito Santo).
Na UFSCar, desenvolvemos projetos de pesquisa, ensino e extensão que visam à ‘implementação’ de intervenções que busquem a inserção de metodologias participativas no campo da infância e da juventude brasileira, e, igualmente, da saúde pública em suas interfaces com a questão social. Tem-se o intuito de apreender a realidade social, realizar formação acadêmica e desenvolver pesquisas e reflexões sobre o fomento de tecnologias de cuidado, com enfoque no fortalecimento das redes sociais de suporte de grupos populacionais em situação de vulnerabilidade social e/ou de desfiliação, bem como na discussão sobre o papel técnico-político dos profissionais e de suas contribuições no enfrentamento de problemáticas sociais contemporâneas.
Compreende-se que os conhecimentos produzidos e aplicados pela Terapia Ocupacional têm funções sociais no contexto brasileiro e que esta deve, também, debruçar-se sobre as questões sociais e sobre a produção de tecnologias para a atenção dessas demandas.
O Laboratório METUIA é composto pelo Grupo de Pesquisa “Cidadania, Ação Social, Educação e Terapia Ocupacional”, cujas repercussões têm sido:
1. Produção de conhecimento em terapia ocupacional social;
2. Produção de conhecimento em educação e em suas interfaces no campo social;
3. Discussão do papel dos técnicos na atenção territorial e comunitária e na educação formal e não formal;
4. Elaboração de reflexão crítica sobre o papel social do técnico, tomando-se as a caracterização da população para a qual se voltam suas ações, no seu contexto, com ênfase na atenção territorial e/ou comunitária em terapia ocupacional, bem como na educação, revisando suas metodologias e instrumentos;
5. Estudo de populações em processos de ruptura de redes sociais de suporte;
6. Análise de ações e construções da sociedade civil: movimentos sociais, educação popular, educação não formal e organizações não governamentais no Brasil;
7. Produção de estudos acerca das políticas sociais no Brasil, tais como as de Educação, tanto no Ensino Básico quanto no Ensino Superior; de Saúde; de Assistência Social; de Cultura e outras, vinculadas ao acesso a bens sociais;
8. Desenvolvimento de estudos sobre o uso de atividades como instrumento de autovalorização e de produção de sentido pessoal e social, que visam à ampliação dos espaços de subjetividades, individuais e coletivas, e à emancipação pessoal e social, tomando-se o eixo da cidadania e dos direitos;
9. Trabalhos em parceria com organizações governamentais e não governamentais, de caráter público, que atuem pela universalização de direitos de cidadania;
10. Sensibilização e formação de estudantes e profissionais para atuar no território, em espaços comunitários e em instituições sociais, capacitando-os para, a partir da demanda da população, contribuir para o equacionamento de suas necessidades e para uma escuta e uma intervenção que se construa com o Outro em seu contexto e história.
Suas linhas de pesquisa são:
§ Ação Social, Território e Complexidade.
§ Educação e Sociedade.
§ Juventudes e contemporaneidade: contribuições da educação e da terapia ocupacional.
§ Políticas Públicas, Cidadania e Direitos.
§ Terapia Ocupacional Social: metodologias, projetos, recursos e sujeitos.